domingo, 29 de novembro de 2009

Amnesis

I scatter poems to all sides



no memory, no archives



no worries about biographies for now



(maybe just a little)



I'm at the edge of dispersion.



http://www.smith.edu/calc/amnesia/manifesto2.html



AMSC - New York, 28/11/2009







Amnesis



espalho poemas por todos o lados



sem memória, sem arquivo



por ora não estou preocupado com biografias



(talvez só um pouquinho)



estou a ponto de dispersão



http://www.smith.edu/calc/amnesia/manifesto2.html



AMSC - New York, 28/11/2009

Tentativas

queria dominar o desenho

roubar rostos

olhares

pessoas que me cercam

(tomam comigo o trem para o norte – morte?)



mas só sei de palavras, silentes

mal e porcamente

e uma caneta azul que arrisca



AMSC, New York – 11/28/09

Documento 3

quero liberdade

liberdade dos meus medos

segredos

segredos que escondo de mim

- qual o seu maior medo?

ser pálida sombra de quem fui

sombra

triste espetáculo do tempo



mas a super-nova que te sussurra verdades acertou:



medos se fazem pedra

na aurora da mente

que ocupa-se deles em demasia



seu mundo passa a ter a presença indesejada

e tudo que você faz ou vive

grita aquele horror

Poema do Norte

Hoje, sem condição de nada:

aproveitar esse feriado que não é meu

amigos que não são meus

música que não me toca.



Um telefonema de um encontro

que não é mais para ser

e tudo passa a pendências

tristeza – caminho errado sendo retomado.



Em mais este poema do Norte

escrevo meu descompasso

minha falta daquilo tudo

que me fazia alguém...

hoje sou sombra.

Thanksgiving

Escolho uma escada fria para escrever.

Na cena sorrisos, trabalho –

um peru sendo empalado.



Pendências me tomam,

uma visita em janeiro muda tudo.

basta a expectativa da visita,

e já muda tudo! Incrível...



Porquê não fazemos o que deve ser feito?

É tão claro quando não deve mais ser...

amores que se arrastam

causando mais dor do que prazer



O gato me entende. Passeia ao lado

da minha tristeza,

tantas lágrimas suprimidas

me olha na alma e diz:

aquilo que nunca começou

não pode nunca acabar – mas veja lá:

não existe nesta vida, poeta

amor que foi sem começar

 
AMSC – Brookling, New York


11/28/09