Eu saí para conhecer o mundo:
a vida,
as pessoas,
a mim próprio.
Não olhei pra trás.
Cortei os laços com o meu passado, definitivamente
E apressei o passo para não dar chance a covardia.
Tornei-me errante em todos os sentidos.
E depois de muito caminhar,
Cheio de pedra, cheio de sede, faltando-me ar
Perguntei (e ainda pergunto) se tomei a decisão certa
Pergunto, pois estou sozinho no deserto!
Penso e vivo areia.
Olho para trás e não vejo mais nada; para frente, não há sinal d’água!
‘’Onde?”, ecoa a pergunta pelos ares arenosos:
Onde é meu lugar? Onde estão minhas raízes?
Acima de tudo onde está minha alma?!
Como é necessário pertencer a um lugar neste mundo...
Mas acho que foi acertada minha escolha:
Não há como encontrar a verdade sem aventurar-se, sem arriscar-se.
(Meio duvidante esta crença, eu sei, mas faz parte da história da autonomia)
Ahhh! A dúvida e a hesitação laceram! O medo!
Imprescindível você estar resolvido, com certezas firmes
Para prosseguir diligente em frente. Esta é a solução!
...mas nada disso importa: escuto e vejo rajadas de fuzis através da minha janela.
domingo, 10 de maio de 2009
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