sexta-feira, 3 de julho de 2009

Chocolate Quente

Para o poeta Daniel Laks (obrigado)

Sono-solidão, poema em construção.
Banco verde, rodoviária imensa
cheia de chão, brilhos e fartas mudanças
dormindo pelos cantos.

- Um chocolate quente pra viagem, por favor

E todos precisamos de um pouco de nós
só nós
para nos sentirmos.
Onde eu estava, meu deus?

Música atordoante, que vontade de fazer a minha
uma canção perfeita antes de envelhecer
tudo que eu queria...
Mas não sou bom para sons e silêncios
sou apenas um bando de ecos
poesia
(...ia... ia... ia)
pena pouca que não dá conta.

...O chocolate quente esfria no clima de São Paulo...

O que eu faço com este sentimento todo
comprimido dentro de mim?
Parece que some
na Billie Jean que principia
e nas famílias que vão e vem sem fim.

...O chocolate agora é frio como a espera de São Paulo...

Sem querer me redescobri gente
na madrugada da garoa paulista
mas foi por tão pouco
tão pouco...
só o tempo do chocolate quente esfriar

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