domingo, 10 de maio de 2009

Ishmael e a Caça a Reyna (ou Moby Dick do Século XXI)

Epílogo:

Vários dias se passaram. Do outro lado do Atlântico, no dia 10/04/2009, o vento trouxe a notícia de que uma baleia descomunal, nunca dantes vista, estava agonizando na superfície do mar; bem próximo a Manhattan. Foi capturada e rebocada para a praia; várias fotos foram tiradas do monstro, e o Leviatã enfim foi reconhecido: era Reyna! Não era lenda, ela de fato existia! Ninguém podia acreditar no tamanho do bicho.
Sua carne ainda estava boa, e portanto foi morta para aproveitamento e festim. Tudo foi cobiçado, as barbatanas, o óleo do fígado, o couro; até a mandíbula usada como portão. Quando foram extirpar o coração, notaram um arpão profundamente cravado no ventrículo esquerdo da besta. Dizia:
Propriedade de:
Alexandre Machado de Sant’Anna Carvalho – Baleeiro, Duende Verde, e Homem de Verdade.
Nome do Arpão:
PRÍNCIPES & PRINCESAS TUPINIQUINS.
E na extensão toda do cabo, um verso; um belo poema grafado em letras de maresia. Olhando de perto, era possível ler:
The Road Not Taken - Robert Frost

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
two roads diverged in a wood, and I --
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

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